sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ENTREVISTA COM MARCIANO MEDEIROS

Marciano Medeiros
Perfil do entrevistado


Marciano Batista de Medeiros nasceu em Santo Antônio/RN, aos 18 de setembro de 1973. É filho de João Batista de Medeiros e Francisca Viana Salustino Medeiros.  Publicou vários folhetos de cordel e inúmeros perfis biográficos de ilustres personalidades que fazem parte da história do Rio Grande do Norte. Marciano declara ser admirador da obra deixada pelo maior cordelista de todos os tempos, o vate paraibano Leandro Gomes de Barros. Recentemente o poeta ficou em quarto lugar, num concurso de cordel promovido pelo Centro de Tradições Nordestinas, sediado no Estado de São Paulo. O autor é o mais jovem imortal da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel-ANLIC, ocupando a cadeira de número 31, cujo patrono é Luiz Felipe Nerís.

Entrevista concedida ao jornalista Joaquim Pinheiro

O que representa a criação da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel?

Foi uma grande e memorável aquisição, para os persistentes e audaciosos cordelistas potiguares. Finalmente o sonho acalentado pelo pesquisador Gutenberg Costa foi materializado, naturalmente com apoio de valorosos companheiros, que muito contribuíram na organização da Academia. Foram muitas as reuniões acontecidas, inicialmente na Casa do Cordel, para que as decisões fossem tomadas de modo democrático. Após debaterem exaustivamente, organizaram todos os trâmites burocráticos e a Academia tornou-se uma realidade.

A atividade cordelista tem sido reconhecida pelas autoridades do Estado e do município?

Sem querer ofender ninguém, observo atitudes isoladas por parte dos representantes do Estado. Quando o poeta tem um nome feito, no sentindo da divulgação de sua obra, aparecem alguns projetos e iniciativas interessantes. Agora quando estamos na fase inicial, fica mais difícil receber apoio, por parte das autoridades que dizem nos representar.

O que está faltando para que isso aconteça?

Falta sensibilidade e algumas iniciativas simples. A produção de um folheto de cordel com oito páginas, numa tiragem de mil exemplares, sai em média por 200 reais, uma quantia irrisória, para o orçamento de qualquer prefeitura. Os municípios poderiam promover concursos de cordel, premiando até os terceiros lugares e publicando os dez melhores trabalhos.  Observo também que poderiam criar fundações de cultura, com gráficas que realmente funcionassem, sem aquela velha e repetida história, do tem mais tá faltando.

O cordel precisa ser mais divulgado nas escolas públicas, por exemplo?

Com toda certeza. Nossos estudantes precisam conhecer cada vez mais, tão bela manifestação da cultura nordestina. O cordel desde quando saiu da Península Ibérica, ganhou características incomuns no território sertanejo. Existe uma emocionante magia, que deriva para uma forte comoção, quando escutamos a leitura dum romance falando a respeito de Lampião, ou do bravo Antônio Silvino. Devo relembrar também, as grandes obras do mestre Leandro Gomes de Barros e de José Camelo de Rezende, que permanecem como modelos clássicos, até hoje não superados. Autores a exemplo dos que citei e muitos outros, devem ser conhecidos pelas novas gerações. Para uma melhor e efetiva divulgação, nossas autoridades deveriam reeditar os grandes romances da literatura cordel.

O Rio Grande do Norte conta com grandes cordelistas? Cite alguns nomes para exemplificar?

O Estado potiguar tem uma particularidade incomum, a maior produção de folhetos inéditos do Brasil. Trabalhos versando sobre traição conjugal, sobre biologia, biografias e muitos outros temas, são abordados pelos poetas e poetisas do Rio Grande do Norte. A Casa do Cordel divulga vários destes trabalhos, numa atitude corajosa e pioneira, fazendo muito para divulgar o autor iniciante. Tal instituição fica na Rua Vigário Bartolomeu, pertinho da prefeitura de Natal. Nossos grandes poetas? Temos muitos, a começar por José Saldanha, falecido recentemente, que dedicou sua vida ao cordel. Depois posso mencionar Manoel Justino, Antônio Francisco, Paulo Varela, Crispiniano Neto, Rosa Régis, Xexéu, José Acaci, Isaias, Abaeté, Hélio Gomes, Manoel Silva, Os Macedo, Américo Pita, Marcos Medeiros, Boquinha de Mel, Francisco Queiroz e muitos outros que poderiam ser citados, porém pela exiguidade do espaço nessa entrevista, tenho que resumi-los nos representativos nomes que acabei de mencionar.

Existe correlação do cordel com a viola?

Existe sim. Toda cantoria de viola é a iniciada com uma “sextilha,” o gênero mais usado na elaboração dos folhetos de cordel. Os cantadores de viola são nossos “primos”, profissionalmente falando, e também nossos excelentes professores. Aquele que se dedica a escrever o folheto de cordel, não perde nada ouvindo um bom cantador de viola.


A novela Cordel Encantado deu mais visibilidade a atividade cordelista?

Já ouvi alguns protestos dizendo que não. Pessoalmente acho que sim, pois muitos amigos me diziam: “Lembrei de você assistindo a novela Cordel Encantado.” Pra quem não é do Nordeste, as autoras Thelma Guedes e Duca Rachid, deram um show de bola, unificando os enredos clássicos do cordel, aos maravilhosos elementos dos contos de fadas. O resultado foi excelente, confirmado na audiência que a novela tinha, prendendo até a atenção dos homens, que viramos noveleiros assumidos, debatendo acaloradamente as cenas da novela, com nossos familiares e os amigos, logo após a exibição dos capítulos. Naturalmente a novela não poderia falar só sobre cordel e mesmo de forma resumida, levou parte da nossa cultura para todas as regiões do Brasil.

Recentemente você foi empossado na Academia Norte-rio-grandense de Literatura de cordel. Como recebeu essa honraria e o que é que isso representa para você?

Fiquei emocionado e feliz por tão valoroso e importante reconhecimento, conforme já pude externar ao professor Marcos Medeiros, que me indicou para integrar a recém-criada instituição e a todos os demais colegas que apoiaram meu nome para poder fazer parte desta Academia. Desejo a presidenta Rosa Régis e ao seu vice, Hélio Gomes da Silva, muito sucesso nessa grande e mosaica jornada, que é a unificação dos cordelistas em terras potiguares.








quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

UM POUCO DA HISTÓRIA DE CHAGAS RAMALHO

CHAGAS RAMALHO
Conhecido no mundo da cantoria como Chagas Ramalho, o poeta repentista e cordelista Francisco Rodrigues da Silva também era conhecido como Francisco das Chagas, ou Chico Ramalho. Filho de Antonio Rodrigues dos Santos e Santina Maria de Jesus, Chagas nasceu em Cuité, na Paraíba, em 1912. Muito cedo descobriu-se amante da poesia popular nordestina, e também muito cedo descobriu-se capaz de criar e cantar repentes. Poeta respeitado e citado em grandes antologias de cantadores como:

1 - Cantadores, Repentistas e Poetas Populares, de José Alves Sobrinho, Paraíba/2003.
2 – Antologia Ilustrada dos Cantadores, Francisco Linhares e Otacílio Btista, Ceará/1976.
3 –Dicionário de Poetas Cordelista, Gutenberg Costa, Rio Grande do Norte/ 2002.

4 – Dicionário Bio-Bibliográfico de Repentistas e Poetas de Bancada, Átila Augusto e José Alves Sobrinho, Paraíba/1978.


         Chagas Ramalho afastou-se da família paraibana aos dezessete anos, e saiu pelo mundo com sua viola, criando seus versos e cantando para sobreviver.

O afastamento da família aconteceu devido ao fato do pai dele (meu avô) ter assassinado dois homens. O primeiro caso foi resultado de uma invasão ao roçado dele por um bando de bodes e cabras, o ataque estragou a plantação de milho e mandioca. Indignado, o meu avô mandou meu pai ir a casa do dono dos animais e pedir providências para evitar que voltassem a invadir a sua plantação. O recado foi dado e a resposta foi:

“_Quem tem que tomar providências é ele”.

Então, no dia seguinte, o meu avô chegou ao roçado e as cabras estavam lá. Ele matou todos os animais (entre dez e doze), colocou numa carroça e mandou deixar na frente da casa do dono. Ao saber do ocorrido, o dono foi tirar satisfação, o que resultou na sua morte com um tiro de espingarda. O segundo ocorrido foi devido ao fato de um dos vizinhos ter dado uma surra num dos filhos dele, o tio Manoel. Papai (Chagas Ramalho) junto com seus irmãos Manoel, Miguel e Pedro, foram tomar banho de açude depois de um longo dia de trabalho pesado. Ao passar pelo roçado do visinho, colheram uma melancia, quebraram numa pedra e se deliciaram. Amenizaram a sede e a fome acumulada ao longo do dia. O visinho, ao descobrir o malfeito, tirou um galho de árvore, cortou em forma de vara e foi até a beira do açude. Os rapazes correram, mas o meu tio Manoel foi pego e levou uma surra daquelas de deixar marcas de sangue coagulado. Ao saber dessa história o meu avô armou uma tocaia, esperou o inimigo e o matou. Por esse motivo, desde cedo o meu pai e os seus irmão começaram a sair de casa. Com a morte dos meus avós, o meu pai e os meus tios ficaram com medo de tocaias ou ciladas por vingança. Começaram a sair de casa e até a mudar de nome, como no caso do meu pai, de nome Francisco Rodrigues da Silva, passou a se chamar Chagas Ramalho, e assim ficou conhecido no mundo da cantoria de viola e da literatura de cordel.
Chagas Ramalho viveu muitos anos vagando pelo mundo, cantando repentes e fazendo amizades, até que, certo dia, passando em Macaíba/RN, conheceu uma moça de dezenove anos, bonita e viúva, de nome Maria de Freitas Gonçalves (Dona Mariquinha).  O casamento aconteceu seis meses depois que eles se conheceram. Foi celebrado na Igreja Matriz de Macaíba, pelo Padre Chacon, no dia 09 de março de 1953, e durou 37 anos. Desse casamento nasceram doze filhos, dos quais sete estão vivos. São eles:

      Antonio Rodrigues Neto, Maria de Lourdes Rodrigues, Maria Clarice Rodrigues, José Acaci Rodrigues, Sebastião Aldo Rodrigues, Leonardo Rodrigues da Silva e Hugo Rodrigues da Silva.
Apesar de ter perdido a perna direita aos 34 anos, sequela de um acidente de caminhão, Chagas Ramalho trabalhou até o fim da sua vida. Criou os filhos produzindo e vendendo folhetos de literatura de cordel, fazendo cantorias de viola e vendendo mercadorias e miudezas nas feiras de Macaíba e cidades vizinhas.
Morreu aos 74 anos, no dia 19 de junho de 1990, de infecção generalizada, causada pela diabetes, no Hospital Municipal de Macaíba/RN. 

 

     Este material é resultado de várias entrevistas que minha mãe, Dona  Mariquinha, deu mim, José Acaci, no mês de janeiro de 2005, na calçada de sua casa, à rua General Aluisio Moura, 187,  em Macaíba/RN.
                                                                       José Acaci



sábado, 24 de dezembro de 2011

POTYVERSANDO

A primeira edição do POTYVERSANDO aconteceu no dia 22 de dezembro de 2011, num dos corredores do Praia Shoping, na frente da LIVRARIA POTYLIVROS, em Natal/RN. O POTYVERSANDO é um evento do Movimento Internacional Poetas Del Mundo, com o apoio da SPVA/RN - Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte, e tem à frente o poeta cordelista José Acaci, da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel, Consul Poetas del Mundo e membro da SPVA/RN, a poetisa Deth Haak, Embaixadora Mundial da Paz, Consul Poetas del Mundo e também membro da SPVA/RN, e o Sr. Daniel, gerente de marketing da rede de livrarias POTYLIVROS. Neste primeiro evento tivemos a participação especial da dupla mirim de emboladores Maçã e Maturi, o lançamento da segunda edição do livro Conselhos Pra Juventude, de José Acaci, e a participação ativa de poetas e artistas de várias entidades representantes da cultura potiguar. Lembramos que a POTYLIVROS tem agora uma estante reservada aos poetas e artistas potiguares e que aqueles que participarem do POTYVERSANDO terão o privilégio de vender a sua obra durante o evento sem cobrança de nenhuma taxa para a livraria, e mais, as obras que ficarem à venda na Potylivros do Praia Shoping pagarão apenas 10% do preço de capa, ao invés de 30% como é comum em todo o Brasil.

Vejam Alguma fotos:

Deth Haak e José Acaci durante a abertura do Evento


Poeta Zé Martins e José Acaci

Dupla Mirim de Emboladores Maçã e Maturi
Poeta Pedro Grilo chegando ao evento


Poeta Ivan Pinheiro em apresentação

Rosa Régis - Presidente da ANLIC- Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel

Poeta Américo Pita em apresentação

Helio Gomes - Vice-Presidente da ANLIC

Aldivan Honorato - Primeiro Secretário da ANLIC

Tonha Mota mostrando sua poesia

A Cordelista Sirlia Sousa

Zé martins Cantando e Recitando

A plateia maravilhosa

Maurício Garcia - Presidente da SPVA/RN e o Sr. Daniel - Gerente de Marketing da rede POTYLIVROS

Exposição e venda de livros, cordéis e CD's dos oetas e artistas que participaram do evento.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

POSSE NA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LITERATURA DE CORDEL

No dia 19 de dezembro de 2011 aconteceu a posse de 34 poetas cordelistas potiguares na ANLIC - Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel. O evento aconteceu na sede da Academia Norte-rio-grandense de Letras e teve a presença de grandes nomes da Literatura de Cordel na atualidade. Vejam algumas fotos.
José Acaci Tocando o Hino Nacional na Viola de Dez Cordas
José Acaci, Deth Haak e Marcos Medeiros.
Rosa Régis, Presidente da ANLIC,entregando a Murça a Antonio Francisco
Da Esq P/Dir: Crispiniano Neto, Deth Haak e Gutenberg Costa
José Acaci com a sua Judite

Foto com (quase)todos os Acadêmicos
Auditórioda ANRL lotado

sábado, 17 de dezembro de 2011

FORMATURA DO PROERD EM PARNAMIRIM

PROERD é a sigla para Programa Educacional de Resistência às Drogas. Um projeto que une ações da Família, da Escola e da Polícia Militar, com o objetivo de conscientizar as crianças em relação ao não uso de drogas. Em Parnamirim o programa atingiu mais de quatro mil crianças somente em 2011, a finalização aconteceu no dia 17 de dezembro, no mesmo espaço montado para o Espetáculo Asas da História, onde eu tive a honra de abrir o show da Diva da música brasileira Marina Elali. Vejam algumas fotos.

Catando para a Meninada
Cantando: Se Droga Fosse Bacana, Não Tinha o Nome que Tem.
O Show de Marina Elali
Mais Marina Elali
Registro da presença da Governadora Rosalba Ciarlini, do Prefeito Maurício Marques, e da Secretária Municipal de Educação Vandilma Maria de Oliveira.

CONSELHOS PRA JUVENTUDE

O Cordel a seguir chama-se Conselhos Pra Juventude, e é o primeiro poema do livro de mesmo nome. O livro, ganhador do Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel - Edição Patativa do Assaré, traz uma coletânea de 20 trabalhos poéticos que chamam a atenção das pessoas para uma reflexão sobre a vida, as relações pessoais, a importância do voto e muito mais. Com vocês: Conselhos Pra Juventude.


Quando falta inspiração
pra escrever cordel novo,
eu me sinto agoniado
que nem um pinto no ovo,
e saio no “mei” do mundo,
pra conversar com o povo.

Puxo prosa com um matuto,
converso com um cidadão,
ouço a palavra d’um jovem,
discuto com ancião,
e, de conversa em conversa,
me vem a inspiração.

Eu já vi gente dizendo
que a situação ta ruim.
Já vi beata falando
que o mundo chegou ao fim.
E vi cabra engravatado
botando a culpa em Caim.

Ouvi falar de família
separada e desunida.
De casais indo pra cama
sem um projeto de vida,
e da nossa juventude
completamente perdida.

Notando a falta de amor
de carinho e de virtude
quero aproveitar os versos
do meu cordelzinho rude
pra mandar o meu recado
para essa juventude.

Só quero dar uns conselhos
pra você adolescente.
Você que tem uma vida,
um futuro pela frente,
mas não pensa nos reflexos
de cada ato da gente.

Os jovens querem viver
em alta velocidade.
Não colocam nos seus planos
estudar na faculdade,
e querem ter mais dinheiro
do que têm capacidade.

É por isso que se vê
tanto rapaz se matando,
meninos vendendo drogas,
consumindo e traficando,
como se a vida deles
já estivesse acabando.

Tudo que se faz agora
sempre reflete depois.
Pra se chegar no milhão
sempre tem o dois mais dois.
E “No rumo do Caviar,
tem muito Feijão com Arroz.

Tenha calma meu amigo,
que se você se cuidar,
dá para se divertir,
dá pra você estudar,
pra namorar, pra ter filhos,
viver a vida e gozar.

Se lembre que você pode
viver mais de oitenta anos,
que você tem muito tempo
pra concretizar seus planos,
e sempre escute os mais velhos
pra não cometer enganos.

Aprenda a viver de bem.
Aprenda a dizer um “não”.
E aprenda a perdoar,
perdoar de coração.
E, mais do que perdoar,
aprenda a pedir perdão.

Faça um trato com a verdade,
desminta o que já mentiu,
e apague qualquer resquício
de ódio que já sentiu.
Não se cura uma ferida,
ferindo quem lhe feriu.

Se não sabe perdoar
peça a Deus em oração,
pois quem perdoa se livra
de um peso no coração.
Perdoar não pesa nada,
pesado é pedir perdão.

O passado é sua história,
ficou no seu consciente.
O futuro é um mistério,
que exige ser paciente.
Mas o “agora” é divino,
por isso que é “presente.”

Finalizo desejando
para essa mocidade
que vocês tenham juízo,
saúde e prosperidade,
e botem no coração:
coragem, paz, união,
respeito, amor e bondade.

FIM.
Para comprar o livro entre em contato comigo pelo e-mail: joseacaci@hotmail.com, ou pelo telefone (84) 9951 9873.
O livro tem 124 páginas, miolo em papel Lux Cream, capa em papel Supremo LD 250
e custa R$ 20,00, já inclusas as despesas de correio para todo o Brasil(pelo sistema emissão de impressos).

José Acaci

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

CULMINÂNCIA DO PROJETO "O USO DO CORDEL NA SALA DE AULA - 2011"

A Finalização do Projeto O Uso do Cordel na Sala de Aula aconteceu no dia 12 de dezembro de 2011, no auditório da Escola Municipal Augusto Severo, em Parnamirim/RN. O Projeto, de iniciativa do poeta cordelista José Acaci, iniciou em 2006 e já passou por 18 escolas levando aos alunos de quinto ano o ensino dos vários estilos de escrita da literatura de cordel, a rima correta, a continuidade dos versos, a leitura dos clássicos do cordel e a música nordestina de raiz, incentivando os alunos a conhecer e apreciar a nossa cultura e, principalmente, despertando o prazer pela leitura e a criação de estrofes de cordel. No ano 2011 o projeto esteve nas escolas municipais: Prefeito Augusto Nunes, Professora Auzelina de Sena, Professor Limírio Cardoso, e Emérito Nestor Lima.

Vejam algumas fotos.





Alunos da Escola Municipal Limírio Cardoso apresentando seus cordéis e poesias.








Alunos da Escola Municipal Prefeito Augusto Nunes apresentando suas poesias.












Alunos da Escola Municipal Limírio Cardoso apresentando músicas e poesias.









Professora Waldirene na plateia









Professor Cícero na plateia











A dupla Maçã e Maturi dando um show de embolada para a meninada.



O poeta cordelista José Acaci Agradecendo a participação da Secretaria de Educação, dos professores, alunos e todos os que colaboraram para que o Projeto O Uso do Cordel na Sala de Aula tivesse o êxito que que tem, ajudando a diminuir os índices de analfabetismo, incentivando a leitura e levando cultura e alegria para essa meninada.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O USO DO CORDEL NA SALA DE AULA

A literatura de cordel retrata o cotidiano, a realidade e a cultura do povo potiguar, nordestino e brasileiro. Apesar de alguns críticos definirem como literatura morta ou algo que precisa ser resgatado, esse tipo de leitura precisa mesmo é ser incentivada nas escolas como um importante meio de motivação e conhecimento do folclore nordestino.
Desde os primeiros cordelistas como Leandro Gomes de Barros, João Martins de Athayde e Francisco da Chagas Batista, que o cordel está vivo e ativo. Teve sua época áurea entre 1940 e 1960, mas nunca desapareceu como literatura. Atualmente o Rio Grande do Norte tem nos dado nomes como Antonio Francisco, Bob Mota, João Gomes (Xexéu), José Acaci, Abaeté, Rosa Regis, Ézio Firmino e outros que, com garra e inspiração, vêm mantendo a chama da literatura de cordel sempre acesa. Contudo, a literatura de cordel só poderá ser revitalizada como cultura de massa, a partir do momento em que as escolas passarem a estimular o seu uso como recurso paradidático, despertando o interesse do aluno pela leitura e pelo conhecimento dos processos de construção da poesia. Incentivar a literatura de cordel é lançar uma semente que pode um dia vir a ser uma árvore frondosa, que produzirá bons frutos, mas que para isso precisa ser plantada com carinho e regada diariamente.
O Uso do Cordel na Sala de Aula pode ter objetivos gerais ou específicos, e o professor pode utilizar tanto do ponto de vista puramente cultural, quanto como ferramenta de ensino-aprendizagem.

Eis alguns objetivos que podem vir a ser metas a serem alcançadas.

Utilizar a literatura de cordel como instrumento de estímulo à leitura e à escrita;

Incentivar a utilização da literatura de cordel como recurso pedagógico acessível para discussão de temas como: discriminação racial, consciência ambiental, combate à violência, etc.

Mostrar as relações da música popular brasileira com a poesia popular;

Mostrar as diferenças entre repentista, cordelista e embolador;

Incentivo ao estudo da construção de versos com uso da métrica poética, como quadra, sextilha, setilha, quadrão, décima, etc;

Reconhecimento da literatura de cordel como patrimônio histórico e cultural do povo nordestino e brasileiro;

Cabe ao professor definir suas metas e buscar informações e materiais que podem ser facilmente encontrados em livrarias, sebos, e casas especializadas como Casa do Cordel em Natal, Museu do Cordel em Caruarau/PE, Museu da Xilogravura(Bezerros/PE) ou nos vários sebos encontrados e qualquer cidade.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

VEJA A LISTA DOS CORDÉIS DE JOSÉ ACACI -DEZEMBRO 2011

1- A Saga do Pitimbu
2- A Lenda do Papa Figo
3- As Lutas de Zé Pinduca Pra Arranjar Namorada.
4- A História de Piston
5- A Feira e os Mercados de Parnamirim
6- Antologia do Peido
7- As Presepadas de Nô e os Quatro Soldados
8- A Vingança de Maria e Uma História de Corno
9- A Peleja do Velho com o Novo
10- A Operação Que Fizeram no Ás de copa de Zé.
11- A Alma Pantariosa e Uma Resposta Bem Dada
12- A Fortaleza dos Reis Magos
13- A Esperteza de Ana Pra se Livrar do Marido
14- Arengas de um Cachaceiro Dentro de um Ônibus Lotado.
15- A Garra do Professor nas Lutas do Dia-a-dia
16- Aquecimento Global
17- Assédio Sexual
18- A Sorte da Costureira
19- A Justiça e a Injustiça no Brasil
20- As Idéias de Portér no Reino da Analogia
21- A Lição de Amizade
22- Cordel da Cidadania
23- Cordel do Mensalão
24- Coisas que Vovó Dizia
25- Caçula Meu Baião e Outras Figuras
26- Conselhos Pra Juventude
27- Dois Matutos no Hospital e Uma Bichinha no Céu
28- Dois lisos de Macaíba
29- Histórias de Advogado
30- História dos Papa Filas
31- História de José Leão
32- Igualdade Racial no Currículo Escolar
33- Liberte o Caga Sebite
34- Lição Para Mudar o Mundo
35- Lagoa da Minha Infância e O Cadarço
36- Nomes Indígenas – Pequeno Dicionário em Cordel
37- Nosso Rio Potengi e o Desastre Ambiental
38- O Cajueiro de Pirangi
39- Os Jovens de Hoje em Dia e a Influência da TV
40- O Fim de Uma Família Pela Inveja e a Cobiça
41- O Bicho Caiu de Lado e O Sonho de Joãozinho
42- O Anel da Pedra Preta
43- O Burro é o Ser Humano
44- O Problema do Lixo
45- O Ar de Natal e as Estradas do País
46- O Tratado do Quioto
47- Os Recantos e Encantos do Rio Grande do Norte
48- O Cabelinho Crespo, ou: A Mulher que Enganou o Diabo
49- O Idoso e a Saúde Bucal
50- Protesto à Pornofonia do Forró Estilizado
51- Sofrimento das Solteiras Pra Arranjar um Marido
52- Se Droga Fosse Bacana Não Tinha o Nome Que Tem
53- Um Chifre Que me Fez Bem
54- Uma Lição Sobre Água
55- Urubus e Aviões na Nossa Grande Natal
56- Um Cordel Sobre a Tortura