A literatura de cordel retrata o cotidiano, a realidade e a cultura do povo potiguar, nordestino e brasileiro. Apesar de alguns críticos definirem como literatura morta ou algo que precisa ser resgatado, esse tipo de leitura precisa mesmo é ser incentivada nas escolas como um importante meio de motivação e conhecimento do folclore nordestino.
Desde os primeiros cordelistas como Leandro Gomes de Barros, João Martins de Athayde e Francisco da Chagas Batista, que o cordel está vivo e ativo. Teve sua época áurea entre 1940 e 1960, mas nunca desapareceu como literatura. Atualmente o Rio Grande do Norte tem nos dado nomes como Antonio Francisco, Bob Mota, João Gomes (Xexéu), José Acaci, Abaeté, Rosa Regis, Ézio Firmino e outros que, com garra e inspiração, vêm mantendo a chama da literatura de cordel sempre acesa. Contudo, a literatura de cordel só poderá ser revitalizada como cultura de massa, a partir do momento em que as escolas passarem a estimular o seu uso como recurso paradidático, despertando o interesse do aluno pela leitura e pelo conhecimento dos processos de construção da poesia. Incentivar a literatura de cordel é lançar uma semente que pode um dia vir a ser uma árvore frondosa, que produzirá bons frutos, mas que para isso precisa ser plantada com carinho e regada diariamente.
O Uso do Cordel na Sala de Aula pode ter objetivos gerais ou específicos, e o professor pode utilizar tanto do ponto de vista puramente cultural, quanto como ferramenta de ensino-aprendizagem.
Eis alguns objetivos que podem vir a ser metas a serem alcançadas.
Utilizar a literatura de cordel como instrumento de estímulo à leitura e à escrita;
Incentivar a utilização da literatura de cordel como recurso pedagógico acessível para discussão de temas como: discriminação racial, consciência ambiental, combate à violência, etc.
Mostrar as relações da música popular brasileira com a poesia popular;
Mostrar as diferenças entre repentista, cordelista e embolador;
Incentivo ao estudo da construção de versos com uso da métrica poética, como quadra, sextilha, setilha, quadrão, décima, etc;
Reconhecimento da literatura de cordel como patrimônio histórico e cultural do povo nordestino e brasileiro;
Cabe ao professor definir suas metas e buscar informações e materiais que podem ser facilmente encontrados em livrarias, sebos, e casas especializadas como Casa do Cordel em Natal, Museu do Cordel em Caruarau/PE, Museu da Xilogravura(Bezerros/PE) ou nos vários sebos encontrados e qualquer cidade.
Gostei dessa postagem sobre o uso do cordel na sala de aula. Infelizmente muitos professores ainda sentem dificuldade para explorar esse valioso gênero literário. E se houvesse uma especialização em literatura de cordel?
ResponderExcluirGrande Acaci,
ResponderExcluiro blog está muito bacana. Bom conteúdo.
Abraços
Muito bacana o blog meu amigo Acaci. Continue atualizando-o diariamente que sempre tou dando uma olhadinha. Abraço!!!
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